Pedindo desculpas pela lacuna volto hoje a postar aqui, pra contar um pouco das últimas experiências pessoais passadas. Em particular pra relatar dois grandes motivos de orgulho. A primeira delas é referente ao Móveis Coloniais de Acaju, a banda candanga que vem conquistando o país.
Fomos lá com o Macaco Bong pra participar do Móveis Convida, o festival promovido por eles. Foi uma experiência fodástica, tanto pela qualidade do evento produzido, a qualidade dos shows (Móveis, Black Drawing Chalks, Galinha Preta), quanto pela satisfação em reconhecer no Móveis Coloniais de Acaju uma banda que enxerga as perspectivas de mercado e trabalha de maneira completamente auto gestionária.
Pra desbancar o Móveis como maior banda independente, só mesmo o Calypso, mas que não conta aqui nesse contexto. Sobre esse assunto, fiz uma matéria que foi ao ar no Portal Fora do Eixo, já colocando o Móveis como a maior banda independente do país. A maioria das informações disponibilizadas lá na matéria foram colhidas numa entrevista feita com os caras quando o evento todo já havia terminado. O Móveis Convida aconteceu em Brasília, na UNB, e em Goiânia, no Martim Cererê. Pegamos eles no momento em que o balanço prévio (pelo menos o emocional) já estava formatado na cabeça de cada um: no buzão, na viagem de volta para Brasília, à meia luz (ui!)...
Na matéria do Fora do Eixo você encontra as partes que julguei mais importantes pra redação do texto. Aqui abaixo, coloco o momento da entrevista em que perguntei pros caras o que tinham achado do evento e eles inverteram a situação e fizeram com que eu respondesse o que eu tinha achado.
A minha resposta foi:
Bom, eu achei muito foda, é muito massa encontrar perfis parecidos com a maneira como a qual a gente pensa e vem trabalhando. Tanto na questão de viver a história, quanto na questão de mercado. A gente sempre acompanhava isso lendo sobre vocês e dessa vez a gente pôde ver acontecendo mesmo e ver como é realmente parecido, com a diferença de que no nosso coletivo só três são músicos e formam o Macaco Bong, mas tem mais, de 10 a 15 que estão juntos, que nem sempre viajam juntos, mas ali em Cuiabá é a mesma história, que é o Espaço Cubo. E o Circuito Fora do Eixo é a união dessa galera toda, não só de coletivos, mas também empresas que trabalham nessa onda, como a Monstro, que veio numa pegada mais de mercado, mas que vem se abrindo cada vez mais pra essas perspectivas, então pra gente foi muito foda. E também a questão específica dos shows, a gente se sentiu muito à vontade, som legal, feedback do público muito legal nas duas cidades. Enfim, foi positivo em todos os aspectos que poderia ser.
Então, a entrevista na íntegra, com o Móveis entregue (rs) pode ser ouvida, se você baixar o mp3 abaixo.
ENTREVISTA COM O MÓVEIS
(são 41 minutos de papo)
LEIA A MATÉRIA NO PORTAL FORA DO EIXO
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O segundo motivo de orgulho é da dupla Nico e Lau, que atua na cultura de Mato Grosso no segmento humorístico. Nesse fim de semana tive a oportunidade de assistir ao evento produzido pela Nico e Lau Produções, a primeira Temporada Nacional de Humor de Cuiabá, que contou com os famosíssimos Falcão e Paulo Silvino, além da dupla de humor cuiabano. Cara, foi a primeira vez que eu vi um show do Nico e Lau, e a impressão que ficou é de um trabalho sério (humorismo sério? rs) feito com afinco e qualidade. Também rendeu matéria no Fora do Eixo (clique aqui).
Bacana também identificar artistas pedreiros em segmentos que não tem ainda tanto a ver com o nosso (veja bem, eu disse “ainda”). Além do ímpeto pelo fazer acontecer, o trabalho artístico também é muito bom. Vou colar aqui um trecho da matéria de cobertura que redigi (a Cubo Comunicação fechou parceria de cobertura com a Temporada):
O grande charme do Nico e Lau está na maneira como os atores constroem sátiras muito bem humoradas do matogrossense de raiz, sem permitir que a imagem do nativo seja denegrida. O sotaque, o linguajar e os trejeitos são os elementos principais, que se mesclam a um roteiro construído em cima da realidade cuiabana, com sátiras de bairros, hábitos, entre outros elementos.
E bacana que o reconhecimento dos caras como modelos de comediantes e empreendedores do humor foi ressaltado por Falcão e Paulo Silvino. O Falcão mesmo afirmou que nunca viu nada igual em nenhuma outra cidade brasileira fora do Ceará, estado tido como unanimidade na produção de humoristas. A idéia dos caras pra dar continuidade na história é trazer o Ziraldo pra dar palestras e oficinas de desenho voltadas pra linguagem do humor, e fazer uma exposição de cartuns, reunindo os profissionais desse ramo em Cuiabá, trazendo também mais trabalhos de fora para a exposição.
Cara, du Caralhíssimo!
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Assino esse post como o mais novo fã do Móveis e do Nico e Lau, e comendo feijoada búlgara com farofa de banana.
terça-feira, 14 de abril de 2009
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