Domingo passado o Espaço Cubo esteve presente em um evento bem longe daqui. Apesar da distância (mais de 800 km) o destino era ainda
Saí de Cuiabá “abandonando” a produção do Metal ao Cubo, que aconteceria naquele sábado no Caverna’s Bar, reafirmando a parceria estabelecida entre o Espaço Cubo e o Cachorrão, proprietário do Caverna’s. Mas a causa era nobre. Chegando
As aspas se justificam pela precariedade da coisa: o espaço para ensaio é apenas uma sala numa república. E o “ampli de baixo” era uma caixa wattson, daquelas sem grave, sabe? Confira abaixo um take do ensaio do Infecção.
TAKE ENSAIO INFECÇÃO (em breve)
Antes de falar do intuito e proposta da Prévia da Convenção do Rock, a contextualização: Kadu Oliveira, um dos produtores, foi o primeiro músico da cidade a produzir conteúdo autoral e hoje, juntamente com Ronaldo Adriano, coordenador de cultura da Secretaria de Cultura e Juventude de Alta Floresta, bate nessa tecla para com as bandas novas que surgem. Na edição passada, duas bandas cuiabanas participaram da Convenção: Ayakan e Anhangá.
Voltando então, a proposta da Prévia era a seguinte: selecionar 8 bandas para a Convenção do Rock, que acontece dia 17 e 18 de abril. Porém, nesse instante foi revelado uma das mazelas da iniciante cena da cidade. Um número bem expressivo de bandas desistiram(!). Apenas 9 bandas concorreram... foi de consenso que seria pouco elegante dispensar apenas uma banda e todas foram classificadas.
Uma outra mazela que assola Alta Floresta é o expressivo número de bandas cover. Durante a Prévia, não teve umazinha sequer que tocou o repertório inteiro de músicas autorais. E foram várias as que apresentaram covers durante o show inteiro, um absurdo. E é aí que nota-se outro fator muito interessante. O público vibra sim e canta junto com os covers. Porém, isso acontece muito mais por uma sede de shows ao vivo do que pelo cover
(ao lado, show do Infecção)
Antes do show, foram anunciados com entusiasmo por outro membro de banda, que dizia que o Infecção era “a maior banda da cidade, eram os caras que chamaram a responsa do profissionalismo pra si e são os caras que fazem acontecer”. E isso só porque a banda é a única que apresenta um figurino condizente e apresenta músicas próprias bacanas. Com certeza, novas bandas autorais conquistarão público fácil por lá. Estão sedentos... É impressionante como grande parte dos participantes do evento se lembravam do Anhangá, banda cuiabana que se apresentou na Convenção do Rock do ano passado.
Outro exemplo notável que toma-se nesse sentido foi na apresentação da Comando Geral, cuja vocalista canta muuuiiito, mas está aprisionada no repertório cover.
Enfim, veja abaixo mais um vídeo, um medley de takes do público.
VÍDEO DE MEDLEY DE TAKES DO PÚBLICO (em breve)
No final do evento ainda provocamos uma bate papo com os interessados que haviam ficado pra ouvir, contextualizando os trabalhos do Espaço Cubo, Volume, Circuito Fora do Eixo e profissionalismo de uma banda, e batendo em questões básicas... “Gurizada, o mais urgente, pára de tocar cover. E se vocês acham que vão ser descobertos por um olheiro de grande gravadora que vai vir aqui
Resumidamente, Alta Floresta está assim. Um público sedento por produção, bandas surgindo a todo momento, só que grande parte delas por diversão e visando o repertório cover. Porém, através de ações como a Convenção do Rock isso pode ser mudado. Segundo os organizadores, já foi um grande passo em relação ao ano passado, quando as bandas ainda estavam em um nível de execução sofrível e NENHUMA tocou música própria.
Mas é tudo questão de um primeiro estímulo. Na metáfora, seria uma coisa parecida com o fato de terem inúmeras câmeras na platéia, e nenhuma delas ter ido fotografar na frente do palco. Quando fui fazer a função, imediatamente apareceu mais uns 5 fotógrafos. E outra, na postura do técnico de som. Que chegou 15 minutos antes do evento começar e saiu dizendo com descaso “ah, é banda de rock”, acusando um não profissionalismo. Mas que depois, ao ver que toda hora eu ia lá soltar o som ambiente no MP4 em cada final de show de banda, passou ele próprio a fazer isso.
DEPOIMENTO DE RONALDO E KADU (em breve)
Esses dias, o Danilo Sossai, baixista do Anhangá veio me procurar, a fim de conversar sobre o que poderia ser feito para dar continuidade aos trabalhos
Alto, Floresta!